10 janeiro 2013

São Paulo

Lembrei me do tempo em que eu não a temia. Do tempo que andávamos de mãos dadas a noite sem nos preocupar se a manhã nos alcançaria ferindo nossas retinas com o sol quente e encantador. 

O silêncio era perfeito, sadio, reflexo de nossas almas ecoando nos gritos mudos do tempo. Éramos felizes, as caminhadas longas, seguras. Os amigos confiáveis, os amores duradouros, as cabeças cheias, os corações inteiros. 

Se você me perguntar hoje o que somos, lhe direi que somos vítimas da cidade que nos cerca e nos abarcam com seus braços impregnados de violência e desesperança.

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Em um momento de desamor por São Paulo por conta da violência urbana.

2 comentários:

  1. O mal que atinge hoje em todos os cantos :x
    Uma pena não poder viver sem medo.

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  2. Olá :) Primeira vez aqui no seu blog, adorei tudo aqui e os textos, como esse sobre São Paulo. A violência tá revoltante mesmo (e no entanto, o que se pode fazer?), até aqui na minha cidade que é pequena, nem 40 mil habitantes, tem acontecido casos absurdos que antes jamais ocorreriam.
    Vi em posts anteriores que você leu a trilogia Fronteiras do Universo, e fiquei felicíssima de mais gente conhecer, porque eu AMO essa série, acho que é minha favorita depois de As Brumas de Avalon. Não consigo nem contabilizar quantos litros chorei lendo A Luneta Âmbar, principalmente no fim, hehe.
    E vi que você é gateira também! Toca aí, haha. Adorei o que você escreveu sobre eles e o Pê é lindão. Gatos são tudo de bom mesmo, se pudesse teria 30 <3 Mas por enquanto só posso ter uma, a minha Mina querida, daí fico me refestelando também com os 3 gatos da casa do meu namorado hehe.
    Bisous!

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