Pestalozzi?

Uma semana passa rápido não? 

Pois é, uma semana que o gatinho que roubei resgatei no Museu do Ipiranga está aqui em casa. Por enquanto acho que ele ainda não se acostumou com o espaço pequeno da casa e nem a dona Layca com ele, mas pode ser que daqui um tempo a coisa mude.

Desde que chegou ele já ganhou vários nomes e por mim ele seria o Pestalozzi, mas esses dias andei repensando o nome do menino. Ainda não sei, por hora ele continua sendo o Pê.

                            

O Pê é um gato jovem, muito carinhoso e disposto, realmente apaixonante. Ele não tem mais do que um ano de idade e já esta castrado. Mas ainda são muitos os mistérios acerca do gatinho... Por que a barriguinha dele esta raspada? Por que o nariz dele ta sempre sujo sendo que eu sempre limpo? Esse bafinho é normal? E gato ter gazes é normal também? Ele esta feliz aqui? Vai se adaptar?

A Layca não anda muito feliz, mas apesar de continuar com o comportamento alterado porque perdeu sua irmã ela não esta tão brava como quando ela teve que dividir o teto com um gato pela primeira vez, por isso ainda tenho esperanças de que em breve ela o aceite.

Adotar um gato nem sempre é tao simples quanto parece e talvez eu devesse ter dito isso a mim mesma antes de ter pego. Por outro lado estou feliz de saber que fiz a minha parte tirando um gatinho do parque e dando a ele a oportunidade de ter uma casa, comida, amor e em segurança  Hoje em dia é complicado, as pessoas querem somente filhotes e os maiorzinhos nem sempre tem as mesmas chances muitas vezes até mesmo morrendo na rua, essa foi um dos motivos que me fez querer um gato crescido.

As vezes o futuro do Pê aqui em casa parece incerto, ele é meio porquinho e come demais, mas eh um amor de gato. Meus pais as vezes parecem não querê-lo por aqui por mais que digam que a decisão é minha. Isso me chateia um pouco porque eu quero fazer a minha parte, se bem que até eu as vezes questiono o que sinto por ele. E lendo dessa forma parece horrível e talvez até seja mas existe uma explicação  A explicação é que no dia 8 de novembro, pouco mais de um més atras a minha gatinha Sophie virou estrelinha depois de 5 anos de muito amor aqui em casa, junto comigo o tempo todo, todos os dias. Uma possível má formação dos rins a levou de forma rápida mas que foi muito sentida por todos nos, só me consola saber que ela aparentemente não sofreu tanto. E o que isso tem a ver  com o Pê? TUDO! A impressão que tive é que tendo outro gato, esse outro gato seria ela, como ela... mas não é. Nem mesmo o gatos conseguem ser iguais, cada um com seus jeitos, manias, miados, nos marcam de forma única e a Sophie fez isso bem. Existe então essa estranheza no ambiente por ter um gato que não é ela e talvez eu tenha me precipitado com relação ao meu período de luto. 

                 

Mas hoje o Pê esta aqui precisando de uma casa, de carinho e não vou desistir dele. Ele não tem culpa de que durante esse tempo de vida ele ainda não tenha conseguido cativar alguém dessa forma, até mesmo porque ele foi abandonado no parque depois de grande. Ele veio até mim da forma mais alegre que pode e sem pensar muito eu o trouxe pra casa pra tentar me cativar da melhor forma possível.

Agora ele dorme do meu lado tranquilo e sem temer a chuva, os maus tratos ou a fome. Agora ele tem um lar e em breve, todos estaremos adaptados a esse novo amor.